A todo momento da vida o autoconhecimento será uma importante ferramenta de apoio ao crescimento, quer seja profissional, quer seja na vida de forma geral.Estamos vivendo um momento particular: a transição (ida de um lugar para outro) está na nossa porta, está aí, chegou com força e se instalou.
Do jeito que está certamente não permanecerá (sabemos, cremos) mas fazer transição (ir de um lugar a outro) será sempre parte do viver.
Por esta razão o autoconhecimento é um processo importante para o momento e para todo nosso ciclo de vida.
A autoconsciência é o primeiro componente da Inteligência Emocional.
Lembrando o Oráculo de Delfos (650 AC): “Ó homem, conhece-te a ti mesmo e conhecerás os Deuses e o universo.”
Autoconsciência significa conhecer de forma profunda as próprias emoções, forças, fraquezas, necessidades e impulsos.
O ganho que se tem com este processo está baseado principalmente em não ser demasiadamente crítico ou utopicamente esperançoso.
É um ganho de visão da realidade, “pé no chão” para agir da maneira mais apropriada para cada situação.
Pessoas que amadurecem seu autoconhecimento, conseguem mais facilmente definir caminhos, saber em que estradas podem e devem seguir, reconhecem melhor como seus sentimentos e impulsos impactam sua vida como um todo e as pessoas com quem interagem.
Não deixam de sentir nem de agir, mas sabem como melhor canalizar pensamentos e emoções.
Uma pessoa autoconsciente que reconhece , por exemplo, que tem dificuldades em realizar tarefas com prazos muito apertados, certamente irá se planejar melhor já que é autoconsciente disto, e assim provavelmente tingirá seu objetivo mais facilmente do que aquele que acredita de forma pouco realista de que consegue chegar lá, acredita na sorte, vai dar certo.
Autoconhecimento ajuda a reconhecer seus valores e definir metas, e assim saber para onde e porque está indo.
Uma pessoa com elevado nível de autoconhecimento será capaz de rejeitar uma proposta de trabalho se esta não estiver alinhada a seus objetivos de presente e futuro e assim possivelmente evitar criar um círculo de stress que pode levar ao fracasso.
E então, como fazer para evoluir na minha autoconsciência ?
Investindo em processos, ferramentas, técnicas, metodologias que levam a este caminho.
Investir em processos de conhecer a si mesmo, conhecer suas potencialidades e oportunidades de melhoria. Encarar isto de forma natural, como “algo” (neste caso EU) que quero “muito entender”como funciona.
Em segundo lugar e não menos importante: se revelar com franqueza e de forma realista e não idealizada de si mesmo. O que eu sou neste momento, como me revelo de fato e não o que eu ou os outros gostariam que eu fosse.
Pessoas autoconscientes são menos suscetíveis a escolhas equivocadas e insucessos.
Se reconheço onde estão minhas fortalezas e oportunidades (sou autoconsciente disto) posso não aceitar uma oferta de trabalho onde terei que assumir responsabilidades maiores do que consigo realizar, ou posso reconhecer que está na hora de mudar minha posição atual e assumir mais responsabilidades e não ficar na minha zona de conforto.
Pessoas autoconscientes estão mais preparadas também para pedir ajuda, buscar suporte para suas metas e desejos.
Elas fazem as passagens de rota da vida e de carreira com os dois pés no chão (fica bem mais fácil do que um !).
É por vezes dolorido, os pés podem ficar calejados, mas se eu sei o sapato que me cabe melhor, então ficará mais confortável seguir.
Se descubro que por fim para mim caminhar descalço é o melhor, me facilita a caminhada, então devo tirá-lo.
Boas transições de vida a todos !
Mônica Ramos Pinto.
Psicóloga, Coach e Consultora de RH
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